O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu nesta sexta-feira (9) que seu governo estuda reduzir as tarifas aplicadas sobre produtos da China de 145% para 80%.
“Não dá para aumentar mais. Está em 145, então sabemos que vai cair”, afirmou o mandatário americano, acrescentando que a diminuição das cobranças seria “apropriada” para o gigante asiático.
Delegações dos EUA e da China devem se reunir em Genebra, neste sábado (10), para a primeira reunião comercial de alto nível entre os países desde a posse de Trump, em janeiro.
Minutos antes de sugerir a redução de tarifas, o presidente dos EUA publicou outra postagem na Truth Social, com a seguinte mensagem: “A CHINA DEVERIA ABRIR SEU MERCADO PARA OS EUA”.
“SERIA MUITO BOM PARA ELES! MERCADOS FECHADOS NÃO FUNCIONAM!”, insistiu Trump, utilizando letras maiúsculas para enfatizar seu posicionamento.
Washington justificou repetidamente que a aplicação de tarifas sobre produtos chineses se deve pelo fato de Pequim manter “práticas comerciais desleais” ao longo dos anos e pela decisão de retaliar (em 125%) em vez de procurar uma solução para negociar a política tarifária americana.
Trump anunciou primeiro acordo comercial com o Reino Unido
Na quinta-feira (8), Trump revelou a assinatura de um acordo comercial histórico com o Reino Unido.
Horas depois do anúncio, o presidente americano informou que Londres eliminará “numerosas barreiras não tarifárias” que permitirão um maior acesso ao mercado britânico para os produtos agrícolas ou químicos americanos.
“O Reino Unido reduzirá ou eliminará inúmeras barreiras não tarifárias que, infelizmente, discriminam injustamente os produtos americanos”, disse Trump em entrevista coletiva no Salão Oval da Casa Branca.
Além da entrada sem barreiras da carne bovina americana, Washington concordou, conforme revelado pelo secretário de Agricultura, Brooke Rollins, no Salão Oval, que as tarifas britânicas sobre o etanol americano cairão de 19% para zero, o que é uma “ótima notícia” para os agricultores, de acordo com Rollins.
Apesar disso, Washington deixou claro que não vai suspender a tarifa de 10% que impôs a Londres em abril, e depois de Trump dizer que “os detalhes finais (do acordo) serão finalizados nas próximas semanas” e que o pacto é “muito conclusivo”.