O governo da Polônia informou neste domingo (11) que serviços especiais da Rússia estariam por trás de um grande incêndio registrado em maio do ano passado na capital do país, Varsóvia, conforme apontado por uma investigação agora concluída.
“Agora sabemos com certeza que o grande incêndio do shopping center Marywilska em Varsóvia foi criminoso e encomendado pelos serviços especiais russos. Alguns dos perpetradores já foram detidos, todos os outros foram identificados e estão sendo procurados. Nós vamos pegar todos vocês!”, escreveu no X o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk.
Segundo a agência Reuters, os ministros da Justiça, Adam Bodnar, e do Interior, Tomasz Siemoniak, afirmaram em uma declaração que investigadores poloneses estão cooperando com autoridades da Lituânia, onde alguns dos perpetradores também realizaram ações de sabotagem.
“Temos conhecimento aprofundado sobre quem encomendou e como ocorreu o incêndio criminoso e a forma como os perpetradores o registraram. Suas ações foram organizadas e dirigidas por uma pessoa já identificada que reside na Federação Russa”, disseram os ministros.
“As autoridades polonesas estão determinadas a responsabilizar os autores desses atos hediondos de sabotagem e aqueles que os comandaram”, acrescentaram.
Desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, em fevereiro de 2022, o governo da Polônia vem denunciando ações de sabotagem de Moscou no seu território, devido ao apoio polonês a Kiev na guerra.
Em outubro do ano passado, o governo da Polônia fechou o consulado da Rússia na cidade de Poznan, no oeste do país, devido a acusações de que Moscou estaria por trás de tentativas de sabotagem em território polonês.
Em abril de 2024, o Ministério Público da Polônia anunciou a prisão de um suposto colaborador dos serviços de espionagem russos, que o teriam encarregado de coletar informações para um possível atentado contra o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Moscou nega todas as acusações de sabotagem feitas por Varsóvia.