Mesmo diante do maior ajuste fiscal das últimas décadas, o governo do presidente Javier Milei já conseguiu tirar 1,7 milhão de crianças da Argentina da linha da pobreza. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (2) por Rafael Ramírez Mesec, representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no país, em entrevista ao portal argentino Infobae.
Segundo Mesec, o dado positivo surpreende diante do rigor do corte de gastos que está sendo promovido pelo governo Milei na Argentina.
“É muito chamativo e digno de destaque”, afirmou o dirigente da Unicef sobre a redução da pobreza infantil no país sul-americano.
A Unicef atribuiu o resultado principalmente ao fortalecimento, por parte do governo Milei, de programas de assistência social e transferência de renda.
Além do fortalecimento dos benefícios sociais, a recuperação do mercado de trabalho na Argentina foi outro fator decisivo para este cenário, apontou a Unicef. Dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec) mostram que, sob o governo Milei, o número de pessoas empregadas atingiu um recorde de 13,6 milhões, e os salários reais superaram em 3% os níveis registrados antes da posse do atual presidente, ocorrida em 2023. Outro avanço relevante foi a forte queda da inflação: o índice mensal de preços ao consumidor caiu de 25% para 2,8%, o que aumentou o poder de compra das famílias.
Na entrevista, Mesec elogiou o diálogo que a Unicef vem tendo com o Ministério do Capital Humano, chefiado por Sandra Pettovello – uma aliada de Milei. A pasta fica responsável pelos programas sociais do governo.
Atualmente, segundo dados oficiais, a taxa de pobreza urbana na Argentina caiu de 52,9% para 38,1% na segunda metade de 2024, enquanto a taxa de extrema pobreza recuou para 8,2%.