A Assembleia Nacional do Equador, parlamento unicameral do país sul-americano, aprovou nesta terça-feira (3) uma proposta de mudança na Constituição para autorizar a presença de bases militares estrangeiras em território equatoriano.
Segundo informações do jornal El Universo, 82 dos 151 parlamentares votaram a favor do projeto – esses votos vieram da Ação Democrática Nacional (ADN), partido do presidente Daniel Noboa, do Partido Social Cristão (PSC), do Movimento Pachakutik e de alguns independentes aliados do governo.
O oposicionista Revolução Cidadã (RC) foi contra a mudança na Constituição.
Noboa, que foi reeleito em abril e tomou posse para seu segundo mandato em maio, havia apresentado a proposta em outubro de 2024. Após aprovação na Assembleia Nacional, o texto será submetido à Corte Constitucional do Equador.
Depois da chancela do tribunal, um referendo será convocado dentro de 45 dias e a população equatoriana decidirá se a proposta será incorporada à Constituição do país.
Durante a campanha presidencial, Noboa disse que, se o projeto for aprovado, negociará com o governo Trump a criação de bases militares americanas no Equador.
“Eles [Estados Unidos] vão ajudar a patrulhar não só o tráfico de drogas, mas também as questões de pesca ilegal que tanto nos afetam”, disse Noboa, em entrevista à rádio Sucesos.