A aprovação à atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a um dos menores níveis em quatro anos e alcançou apenas 16% da população, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta sexta (6) pelo PoderData, do Poder360.
É o terceiro menor percentual da série histórica, à frente apenas dos 12% registrados em dezembro do ano passado e dos 14% em maio de 2024. A baixa avaliação positiva coincide com o período da presidência de Luís Roberto Barroso (STF), que adotou uma postura mais incisiva e midiática de gestão.
O PoderData ouviu 2,5 mil pessoas entre os dias 31 de maio e 2 de junho em 218 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com grau de confiança de 95%.
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A pesquisa apontou que, apesar da leve melhora no índice de aprovação, a rejeição ao trabalho dos ministros da Corte segue em alta:
- Ruim/péssimo: 41%;
- Regular: 30%;
- Bom/ótimo: 16%;
- Não sabem: 13%.
Embora a avaliação ruim/péssima ainda esteja alta, ela já foi pior e chegou a 46% em setembro de 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL) e no auge da campanha eleitoral em que o Judiciário brasileiro impôs fortes restrições ao ex-presidente. Na época, o STF era presidido por Rosa Weber.
Já no primeiro ano deste terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a avaliação negativa chegou a despencar para o menor patamar (28%) antes de voltar a subir com o andamento das investigações dos atos de 8 de janeiro de 2023 e da suposta tentativa de golpe de Estado.
Isso ficou comprovado em outro recorte da pesquisa, em que o PoderData cruzou as respostas sobre a avaliação do STF com os votos para presidente em 2022. De acordo com o instituto, tanto os que votaram em Lula como em Bolsonaro têm uma visão negativa sobre a atuação dos ministros – 40% e 45%, respectivamente:
- Ótimo/bom: 17% e 16%;
- Regular: 29% para ambos;
- Ruim/péssimo: 40% e 45%;
- Não sabem: 13% e 10%.
A avaliação negativa do STF é conhecida por seus ministros, tanto que Barroso chamou um grupo de influenciadores digitais e criadores de conteúdo nesta quinta (5) para um bate-papo na tentativa de melhorar a imagem da Corte junto da população.
O encontro ocorreu na sede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em que ele pediu para ser convidado para participar das transmissões nos canais digitais dos profissionais.
“Nós estamos tentando melhorar a comunicação com a sociedade e usar [uma] linguagem mais simples”, disse segundo registrou o Poder360.
Em nota, o CNJ afirmou que o encontro é parte de um projeto para “aproximar os Três Poderes da sociedade brasileira por meio de influenciadores digitais”.
