Manifestantes pró-Palestina protestaram neste domingo (15/06) na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo, fazendo apelos para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rompa as relações diplomáticas com Israel. Além do ato na capital paulista, houve protestos contra as ações militares israelenses também em pelo menos outras dez capitais.
Na capital paulista, o protesto reuniu sindicatos, organizações populares e políticos de esquerda. Teve também a presença do ativista Thiago Avila, que foi deportado de Israel após tentar furar o bloqueio à Faixa de Gaza na expedição organizada pela Coalizão da Flotilha da Liberdade (FFC), liderada pela militante sueca Greta Thunberg. A intenção da flotilha era fazer entrega de ajuda “simbólica” para denunciar a crise humanitária em Gaza, iniciativa que foi ironizada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel como “iate das selfies”.
Boulos fala em “crime contra humanidade”
No centro de São Paulo os manifestantes carregavam bandeiras e lenços palestinos, faixas e cartazes denunciando o que chamam de “genocídio de Israel”. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) compareceu ao protesto e disse que Gaza se transformou em um “campo de concentração a céu aberto”. “Qualquer um que seja humano olha aquilo e sabe que é inaceitável, que é um crime contra a humanidade”, afirmou Boulos.
O slogan das manifestações foi “Basta de genocídio na Palestina: Lula, rompa com Israel”. A mobilização ocorreu simultaneamente à Marcha Global para Gaza, uma caravana que cruza o Egito em direção a Rafah, cidade palestina situada no sul da Faixa de Gaza.