O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai retomar sua agenda de viagens pelo Brasil com foco no pleito eleitoral de 2026. Os próximos destinos já anunciados são Ceará, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
Bolsonaro já havia iniciado uma caravana pelo país, mas teve que interromper os compromissos após ter que passar por mais uma cirurgia em decorrência das complicações da facada de que foi alvo em 2018.
Na sexta-feira (30), a primeira viagem de Bolsonaro será para Fortaleza, onde vai participar do 2º Seminário Nacional de Comunicação do PL. A primeira edição do evento ocorreu em Brasília, em fevereiro. A edição no Nordeste evidencia a estratégia de fortalecimento de Bolsonaro na região, que historicamente é onde o PT tem vantagem nas disputas presidenciais. “A realização do seminário no Ceará reflete esse avanço e o papel central que os estados nordestinos vêm ocupando na expansão da base conservadora no país”, afirmou o partido na nota sobre o evento.
A agenda de Bolsonaro seguirá no Nordeste com o retorno ao Rio Grande do Norte, estado onde ele esteve quando passou mal em abril. Nos dias 12, 13 e 14 de junho o ex-presidente estará em Mossoró e Natal em compromissos capitaneados pelo ex-ministro e senador Rogério Marinho (PL-RN).
Outra agenda confirmada nos últimos dias foi a ida a Santa Catarina. Bolsonaro estará em um centro de eventos em São José no dia 5 de julho e a expectativa é que pelo menos sete mil pessoas compareçam. O anúncio foi feito pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). Após o encontro, Bolsonaro participará de um almoço reservado com lideranças locais.
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Mesmo inelegível pela Justiça, Bolsonaro mantém intenção de concorrer em 2026
Apesar de ter sido considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Bolsonaro se mantém como provável candidato de seu partido na próxima disputa presidencial.
Em entrevista recente ao Uol, Bolsonaro afirmou que vai “até o último segundo” para ser candidato em 2026.
Na entrevista, Bolsonaro foi questionado se adotaria a estratégia utilizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2018, quando registrou candidatura mesmo estando preso. Ao comentar as razões que levaram a sua inelegibilidade – a reunião com embaixadores para tratar de urnas eletrônicas e o ato após as comemorações do sete de setembro -, Bolsonaro frisou que elas não podem ser comparadas aos motivos que levaram Lula à prisão. “Lula foi condenado em três instâncias por corrupção, lavagem de dinheiro. Não tem nada a ver meu caso com o dele”, disse Bolsonaro.
