A Casa Branca declarou nesta quinta-feira (29) que Israel apoia sua última proposta de acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza e expressou confiança de que o plano será bem-sucedido.
Segundo a a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, apresentou ao grupo terrorista Hamas “uma proposta de cessar-fogo que Israel endossou e aprovou”.
“Posso confirmar que as conversas continuam e temos esperança de que um cessar-fogo seja alcançado em Gaza para que todos os reféns possam voltar para casa, o que tem sido uma prioridade deste governo desde o início”, acrescentou.
A declaração de Leavitt foi feita depois de o Hamas afirmar hoje que está estudando a nova proposta apresentada pelos EUA.
Em comunicado divulgado por meio de seus canais, o grupo terrorista palestino disse que “os líderes do Hamas receberam a nova proposta de Witkoff dos mediadores e a estão estudando de forma responsável”, de modo a atender aos interesses do povo de Gaza, “proporcionar alívio e alcançar um cessar-fogo permanente”.
Witkoff afirmou nesta quarta (29) em Washington que apresentaria uma nova proposta e expressou confiança de que ela seria aceita pelas partes, sem especificar seus termos, embora alguns veículos de comunicação israelenses e árabes tenham informado que se trata de uma trégua de 60 dias.
Esse cessar-fogo implicaria a libertação de dez reféns mantidos na Faixa de Gaza vivos e 18 mortos no primeiro e no sétimo dias da trégua, em troca de centenas de prisioneiros e detidos palestinos.
Também determinaria a negociação de um cessar-fogo permanente e a retirada das tropas israelenses, o que não significaria o fim da ofensiva desde o início, como o Hamas vem exigindo.
A proposta inclui a entrada de ajuda humanitária a partir da assinatura do acordo, a retirada das tropas israelenses de Gaza no primeiro e no sétimo dias, assim como a obrigação do Hamas de fornecer provas do paradeiro dos reféns restantes no 10º dia.
Segundo a mídia israelense, o Hamas afirmou que ainda está analisando a proposta dos EUA para trégua e libertação de reféns, mas declarou que o documento enviado com aval de Israel ainda “não atende às demandas” do grupo.