O CEO da rede social Rumble, Chris Pavlovski, alfinetou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta (28) após o governo dos Estados Unidos anunciar a imposição de sanções a autoridades estrangeiras que seriam cúmplices de censura a pessoas e empresas do país norte-americano.
“Talvez agora seja a hora de deixar o Rumble voltar ao Brasil? O que você acha”, questionou Pavlovski em uma publicação no X.
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O Rumble está bloqueado no Brasil desde fevereiro após anunciar que não cumpriria decisões judiciais e não indicaria um representante legal para atuar no país. Moraes determinou a suspensão com a alegação de que a rede social fazia uma “manutenção e ampliação da instrumentalização” de “discursos nazistas, racistas, fascistas, de ódio e antidemocráticos”.
A provocação de Chris Pavlovski a Moraes ocorreu no mesmo dia em que o secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou uma nova “política de restrição de vistos” a “pessoas cúmplices da censura dos americanos”.
“A liberdade de expressão é essencial ao estilo de vida americano, um direito inato sobre o qual governos estrangeiros não têm autoridade”, continuou o secretário de Estado, que já havia sinalizado no último dia 21 sobre a “grande possibilidade” de o governo americano impor sanções a Moraes.
Rubio justificou a medida argumentando que “estrangeiros que trabalham para minar os direitos dos americanos não devem ter o privilégio de viajar para o nosso país. Seja na América Latina, na Europa ou em qualquer outro lugar, os dias de tratamento passivo para aqueles que trabalham para minar os direitos dos americanos acabaram”.
Moraes está na mira do governo americano por meio da Lei Magnitsky, que visa punir pessoas que praticam graves violações de direitos humanos. A medida também se aplica a autoridades ou ex-autoridades governamentais envolvidas em casos de corrupção.
Parlamentares da oposição ao governo comemoraram o anúncio de Rubio mesmo sem o detalhamento de quais autoridades mundiais podem ser alvo da restrição.