Durante a 18ª Reunião Ordinária da 1ª Sessão Legislativa da 10ª Legislatura, realizada em 16 de junho de 2025, o vereador Daniel Weber (União Brasil) se pronunciou de forma veemente contra a adoção de uma obra literária considerada polêmica em uma escola da comunidade rural do bairro Sai Mirim, em Itapoá.
A obra em questão foi inserida na grade curricular de alunos entre 12 e 15 anos, conforme diretrizes do Ministério da Educação (MEC). No entanto, para o vereador, o conteúdo abordado no livro é inadequado para essa faixa etária. Segundo ele, a narrativa contém temas que exigem maior maturidade emocional e intelectual por parte dos leitores, sendo mais apropriada para estudantes do terceiro ano do ensino médio.
“Esse tipo de literatura é para o terceiro ano e não para crianças. Não podemos permitir que conteúdos assim sejam apresentados tão cedo,” declarou Weber durante a sessão.
Pedido de censura imediata
O vereador solicitou que a Secretaria Municipal de Educação retire imediatamente o título das escolas de Itapoá, classificando sua presença como “um erro grave no processo pedagógico”. Ele destacou que o material já foi alvo de controvérsias no passado e chegou a ser censurado por autoridades brasileiras em meados do século XX.
Reações e debate
A fala do vereador repercutiu nas redes sociais e em parte da comunidade escolar. Enquanto alguns pais demonstraram apoio à proposta de revisão da grade curricular, educadores e especialistas em educação alertaram sobre o risco de medidas precipitadas de censura, defendendo que a discussão sobre temas sensíveis pode ser válida quando feita com acompanhamento adequado.
A Secretaria de Educação do município ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
A discussão deve seguir nos próximos dias, com expectativa de pronunciamentos por parte da equipe pedagógica e do Executivo municipal. O episódio reforça a necessidade de equilíbrio entre liberdade literária e responsabilidade pedagógica no ambiente escolar.