O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) reagiu às declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na manhã desta terça-feira (3), em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Lula criticou a atuação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e considerou como “lamentável” a atuação de Eduardo Bolsonaro com interlocutores do governo dos Estados Unidos para aplicar sanções a Moraes.
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“É lamentável que um deputado brasileiro, filho do ex-presidente, está lá a convocar os Estados Unidos para se meter na política interna do Brasil. É isso que é grave, que é uma prática terrorista, que é antipatriótica, que pede licença para ir ficar tentando lamber as botas do [presidente Donald] Trump e de assessor do Trump pedindo intervenção na política brasileira. Não é possível aceitar isso”, disparou Lula.
Em um vídeo, publicado na rede X, Eduardo questionou a “moral de Lula” para acusá-lo e chamá-lo de “terrorista”. “Que moral tem o Lula pra falar de interferência americana? Ele só é presidente porque a administração Biden interferiu nas eleições do Brasil conforme confessou o ministro do SPF, Luiz Roberto Barroso, que pediu ajuda aos americanos do governo Biden enquanto ele era presidente do Tribunal Superior Eleitoral”, declarou.
Eduardo ainda ressaltou que está nos Estados Unidos para “defender a liberdade do povo brasileiro, enquanto que o Lula, ele só quer voltar à cena do crime pra roubar os aposentados do INSS e também as estatais brasileiras”.
“Terrorismo é o que o Lula faz, deixando o narcotráfico livre para destruir a vida das pessoas. Terrorismo é o que ele está fazendo agora com os pobres, que não conseguem nem comprar uma caixinha de ovo. Mas no ano que vem, ele vai ser aposentado da vida pública brasileira. E se Deus quiser, a gente vai ter um Bolsonaro de volta à presidência”, afirmou o deputado licenciado.
As críticas de Lula ajudam Eduardo Bolsonaro a fortalecer sua eventual candidatura entre a oposição. A declaração de que aceitaria entrar na disputa presidencial foi feita por ele em entrevista à revista Veja no sábado (31) e não foi confirmada nem negada por seu pai, Jair Bolsonaro. Esse cenário ajuda a direcionar o debate político na direita, funcionando como válvula de escape para a pressão que hoje recai sobre o ex-presidente para apontar um sucessor político, por conta de sua inelegibilidade.