O Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês) deteve a família de um egípcio acusado de um ataque antissemita ocorrido no último fim de semana em Boulder, no estado do Colorado.
Uma autoridade do Departamento de Segurança Interna (DHS) informou nesta terça-feira (3) a emissora CNN sobre o assunto e depois a própria titular da pasta, Kristi Noem, confirmou a detenção.
“Hoje, o Departamento de Segurança Interna e o ICE estão colocando a família do suspeito de terrorismo e imigrante ilegal de Boulder, Colorado, Mohamed Soliman, sob custódia do ICE”, disse Noem.
“Também estamos investigando até que ponto a família dele sabia deste terrível ataque, se tinha conhecimento dele ou se o apoiou”, acrescentou a secretária.
Segundo a CNN, documentos judiciais apontam que Soliman tem esposa e cinco filhos, cuja situação migratória ainda não está clara. Eles foram levados para uma instalação do ICE em Florence, no Colorado.
O DHS informou na segunda-feira (2) que Soliman, que foi preso após o ataque, havia entrado nos Estados Unidos em agosto de 2022 e solicitado asilo no mês seguinte. Ele permaneceu no país com um visto de turista que expirou em fevereiro de 2023.
O ataque terrorista antissemita ocorreu no domingo (1º), durante um protesto em apoio aos reféns israelenses mantidos pelo grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
O atentado foi realizado com um lança-chamas e coquetéis molotov e oito pessoas ficaram feridas. Segundo testemunhas, durante o ataque, Soliman gritou o bordão “Palestina livre”.
De acordo com informações da imprensa americana, o egípcio admitiu a autoridades federais e locais que seu plano era “matar todos os sionistas” e que estava planejando o ataque há um ano.