O Departamento de Estado americano está exigindo uma fiscalização mais rígida dos consulados no exterior sobre os requerentes de asilo que tenham qualquer vínculo com a Universidade de Harvard.
De acordo com um documento interno do governo acessado pela Agência Reuters, o Secretário de Estado, Marco Rubio, instruiu todos os postos diplomáticos a realizar uma “verificação adicional” de qualquer requerente de visto que queira viajar para os Estados Unidos e visitar a Universidade de Harvard, “independentemente do propósito”.
A nova regra abrange futuros alunos, estudantes ativos, professores, funcionários, contratados, palestrantes convidados e turistas, segundo o documento, que justifica a medida dizendo que a instituição falhou em manter “um ambiente de campus livre de violência e antissemitismo”.
Com isso, o governo Trump precisou reforçar a fiscalização com o objetivo de facilitar o trabalho de agentes consulares para identificar requerentes de visto “com históricos de assédio e violência antissemita”.
Em uma das medidas mais recentes de fiscalização de Harvard, a Casa Branca solicitou dados sobre estudantes que participaram de manifestações contra Israel nos últimos anos.
A recusa da instituição em atender ao pedido levou o governo Trump a tomar medidas mais drásticas, como a tentativa de suspender a emissão de vistos para estudantes estrangeiros, recomendando aos universitários matriculados que transfiram seus estudos para outra instituição sob o risco de serem expulsos do país. No dia seguinte ao anúncio, após uma ação judicial da universidade, um juiz federal suspendeu temporariamente a medida.
Outras ações do governo federal contra Harvard envolvem o corte de recursos. Ao todo, a Casa Branca já retirou cerca de US$ 2 bilhões em subsídios federais da instituição.