Um especialista de Tecnologia da Informação (TI) que trabalhava para o governo estadual da Virgínia foi preso nessa quinta-feira (29) após aceitar uma “oferta” de um país estrangeiro para fornecer segredos de Estado, segundo informou o Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês).
O homem, identificado como Nathan Laatsch, de 28 anos, estava empregado na Agência de Inteligência de Defesa (DIA, na sigla em inglês) desde 2019. O FBI abriu uma investigação em março contra o funcionário público após receber uma denúncia de que ele estaria disposto a vender informações confidenciais a um governo estrangeiro.
Segundo o DoJ, o detido atuava no setor de Ameaças Internas da DIA e possuía uma autorização de segurança “ultrassecreta”.
De acordo com a investigação do FBI, Laatsch disse em um e-mail trocado com um agente do FBI que se passava por um agente estrangeiro, que não “concordava nem se alinhava com os valores” do governo Trump e, por isso, estaria disposto a compartilhar informações confidenciais, incluindo “produtos de inteligência concluídos, algumas informações de inteligência não processadas e outras documentações confidenciais diversas”.
O especialista em TI já teria coletado algumas informações confidenciais ao longo de uma semana desde que concordou com a ação ilegal.
De acordo com o DoJ, o FBI montou uma operação em um parque na Virgínia , onde ele deveria depositar as informações confidenciais. O homem foi acompanhado secretamente por agentes até o local, onde recuperaram o arquivo que seria fornecido, com informações classificadas como “secretas” ou “ultrassecretas”.
No dia seguinte, o especialista teria entrado em contato com o suposto agente estrangeiro, dizendo que estava interessado em obter “cidadania para o seu país”, porque não esperava que as coisas melhorassem durante o governo de Donald Trump, segundo o DoJ.
Num segundo evento onde Laatsch forneceria novas informações, ele foi preso pelo FBI.