A Marinha do Brasil interditou, nesta quinta-feira (23), o ferry boat que opera na Baía Babitonga, entre Laranjeiras e Vila da Glória, em São Francisco do Sul, a cidade mais antiga de Santa Catarina. A decisão foi tomada após a constatação de diversas inconformidades que comprometem a segurança das embarcações. Até que os reparos sejam realizados pela empresa responsável, a F Andreis, o serviço de travessia ficará suspenso.
Problemas de conservação ameaçam segurança
De acordo com a Marinha, a balsa e o rebocador apresentam sérias deficiências. O ferry boat foi encontrado com dispositivos de sobrevivência fora dos padrões exigidos pelas normas de segurança. Já o rebocador Seraupa II apresentou um furo no casco, causando alagamento no compartimento da máquina do leme, além de falhas na bomba de incêndio.
A empresa F Andreis garantiu que os problemas são pontuais e que a equipe de manutenção já está trabalhando para solucionar as questões apontadas. “Os reparos estão em andamento, e em breve as embarcações estarão prontas para retornar à operação”, informou a empresa.
Inspeção e liberação
A Marinha esclareceu que, após a conclusão das adequações necessárias, será realizada uma nova inspeção para garantir que as condições de segurança sejam atendidas. Somente após a aprovação, o ferry boat poderá voltar a operar.
Prefeitura cobra solução e monitoramento
A Prefeitura de São Francisco do Sul destacou que o contrato vigente exige que a F Andreis disponibilize uma embarcação reserva para manter o serviço em caso de problemas operacionais. Além disso, informou que vem realizando notificações à empresa para buscar soluções para as questões recorrentes relacionadas ao ferry boat.
Histórico de problemas
Essa não é a primeira vez que um ferry boat operado pela F Andreis enfrenta problemas. Há um ano, a balsa “Rainha de Babitonga”, que fazia a travessia entre Joinville e Vila da Glória, também foi interditada pela Marinha devido ao mau estado de conservação. Na ocasião, avarias estruturais no convés e a presença de água no porão levaram à suspensão das operações.
Impacto na comunidade
A interdição do ferry boat prejudica diretamente a população e os visitantes que dependem do transporte para atravessar a Baía Babitonga. Até que uma solução seja implementada, a travessia continuará interrompida, gerando transtornos e aumentando o desafio logístico na região.
As autoridades e a comunidade aguardam uma resposta ágil e eficaz da empresa para garantir o retorno seguro do serviço, essencial para a mobilidade em São Francisco do Sul.