O israelense Omer Shem Tov, que foi libertado em fevereiro após ficar mais de 500 dias como refém do Hamas, relatou que os terroristas palestinos torciam abertamente para que Kamala Harris, do Partido Democrata, fosse eleita presidente dos Estados Unidos nas eleições de 2024.
“Eles queriam que Kamala fosse eleita”, disse o ex-refém em entrevista à emissora CNN. Omer Shem Tov foi sequestrado pelos terroristas do Hamas durante o ataque realizado contra Israel no dia 7 de outubro de 2023.
O ex-refém revelou que, após a democrata ser derrotada por Trump na disputa presidencial americana, os terroristas do Hamas mudaram o comportamento agressivo que vinham adotando contra os cativos israelenses.
“Assim que Donald Trump foi eleito, eles entenderam que ele queria trazer os reféns de volta para casa”, relatou. “Então, imediatamente, a maneira como me trataram mudou… Quando Trump se tornou presidente, o modo como nos trataram mudou, para mim, pessoalmente. Quando Trump venceu Kamala Harris, eles pararam de me xingar e de cuspir em mim”, revelou Omer Shem Tov.
Capturado enquanto estava participando do festival Nova, local onde os terroristas massacraram diversos jovens, Omer Shem Tov disse que perdeu 23 quilos durante o cativeiro em Gaza, e que estava sobrevivendo à base de biscoitos e água salgada.
“Eu estava sendo mantido em estado de fome. Não há dúvida quanto a isso”, disse ele na entrevista.
O ex-refém relatou que descobriu que a privação de alimentos era intencional ao ver grandes estoques de comida nos túneis usados pelo Hamas.
“Vi uma grande quantidade de comida, queijo e pão. Eles não estavam magros como eu, sabia disso”, relatou.
Após sua libertação, Omer Shem Tov e outros ex-reféns se encontraram com o presidente Donald Trump em março, agradecendo pessoalmente o compromisso do republicano em resgatar todos os cativos.