O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Effie Defrin, acusou o grupo terrorista palestino Hamas de exagerar no cálculo do número de vítimas baleadas nesta terça-feira (3) em um ponto de distribuição de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês) na cidade de Rafah, no sul do enclave.
“Os números publicados pelo Hamas são exagerados. Pelo que soubemos, os tiros não atingiram um número tão grande de pessoas”, comentou Defrin em entrevista coletiva.
Defrin confirmou, no entanto, que as FDI conduzirão uma investigação sobre o ocorrido, embora isso vá levar algum tempo.
Nesta terça-feira, o governo do Hamas na Faixa de Gaza acusou Israel de matar 27 habitantes que tinham ido ao ponto de distribuição de ajuda da GHF no sul do enclave.
De acordo com o grupo terrorista, pelo menos 102 pessoas foram mortas perto de pontos de distribuição de ajuda humanitária da fundação apoiada por Israel e pelos EUA desde que ela começou a operar na Faixa de Gaza, no início da semana passada.
O Comitê Internacional do Crescente Vermelho, que administra um hospital de campanha em Rafah, afirmou que pelo menos 27 habitantes de Gaza foram mortos na madrugada desta terça-feira e 157 outros foram feridos por tiros, “o maior número de pacientes feridos por armas recebidos em um único incidente desde o estabelecimento do hospital de campanha”, de acordo com um comunicado.
As FDI disseram nesta terça-feira que abriram fogo a meio quilômetro do ponto de distribuição “contra vários suspeitos que estavam avançando em direção às tropas de uma forma que representava uma ameaça”.
