Depois de ser alvo de ataques diários dos rebeldes houthis, Israel realizou uma operação aérea direcionada ao aeroporto de Sanaa, capital do Iêmen, que destruiu os últimos aviões pertencentes aos terroristas.
“As aeronaves atacadas eram usadas pela organização terrorista houthi para transportar terroristas que realizaram ataques contra o Estado de Israel”, afirmou um comunicado das Forças Armadas israelenses nesta quarta-feira (28).
Desde o último ataque israelense ao Iêmen, em 16 de maio, os houthis já lançaram pelo menos sete mísseis e vários drones contra Israel, o último deles no dia anterior.
Ainda no comunicado, o Exército israelense destacou que o aeroporto é “operado continuamente” pelos rebeldes, assim como os dois principais portos do Iêmen, As Salif e Al Hudaydah, localizados no Mar Vermelho, que também foram atacados na semana passada.
“Este é mais um exemplo do uso brutal de infraestrutura civil pela organização terrorista houthi”, acrescentou.
Em um pronunciamento separado, o ministro da Defesa, Israel Katz, também confirmou o ataque, ressaltando que envia “uma mensagem clara” àqueles que “disparam” contra Estado de Israel. “Quem nos prejudicar sofrerá sete vezes mais danos”, advertiu.
“Os portos no Iêmen continuarão a ser fortemente atingidos, e o aeroporto de Sanaa será destruído repetidamente, assim como outras infraestruturas estratégicas na área usadas pela organização terrorista houthi e seus apoiadores”, continuou Katz.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, divulgou nota semelhante, advertindo o Irã sobre seus contínuos ataques indiretos por meio de grupos terroristas. “Israel irá operar com um princípio simples: qualquer um que nos prejudique, nós o prejudicaremos. Os houthis são apenas um sintoma. A principal potência por trás deles é o Irã, responsável pela agressão vinda do Iêmen”, disse ele.
Nas últimas semanas, os rebeldes reivindicaram a autoria de vários ataques contra o Aeroporto Internacional de Tel Aviv, em Israel, e em uma dessas ocasiões conseguiram atingir a instalação, na primeira vez que algo assim aconteceu desde o início da ofensiva israelense em Gaza, em outubro de 2023.