O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que se necessário seu país lutará “sozinho” contra os houthis do Iêmen, após o presidente americano, Donald Trump, ter anunciado uma trégua com os terroristas.
“Se outros se juntarem a nós, nossos amigos americanos, tanto melhor. Se não se juntarem, ainda assim nos defenderemos sozinhos”, disse Netanyahu em um vídeo publicado nas redes sociais.
Na terça-feira (6), Trump disse que havia chegado a um acordo com os houthis para que estes interrompessem os ataques a navios americanos militares e comerciais no Oriente Médio, que vinham ocorrendo desde os atentados do grupo terrorista Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
Os terroristas do Iêmen também visam embarcações israelenses e de outros aliados destes, além de alvos no território de Israel.
Trump descreveu o acordo como uma “rendição” dos houthis, mas nesta quinta-feira (8) o líder do grupo terrorista, Abdel Malek al Houthi, disse que não houve nenhuma “súplica ou rendição” e que o comentário do presidente americano foi uma “palhaçada”.
Uma autoridade israelense disse à CNN que o governo Netanyahu não foi informado com antecedência sobre a trégua.
No dia do anúncio de Trump, as Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram bombardeios contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, alegando que o terminal era usado pelos houthis.
A ação foi uma resposta a um ataque dos terroristas iemenitas ao aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, no domingo (4).