O presidente da França, Emmanuel Macron, garantiu nesta terça-feira (10) que tentará proibir o acesso de menores de 15 anos às redes sociais, as quais acusou de promover a “violência”, após o assassinato de uma vigilante escolar por um estudante do ensino secundário no leste do país.
“Vou dar alguns meses para buscar a mobilização europeia. Se não conseguirmos, negociarei para poder aplicá-la na França. Não podemos perder mais tempo”, afirmou Macron à televisão pública France 2.
Minutos antes, o primeiro-ministro, François Bayrou, havia anunciado em outro canal, TF1, que as autoridades proibirão imediatamente a venda de qualquer arma branca a menores no país, que até agora só proibia punhais.
Nesse sentido, Macron considerou que há “uma epidemia de armas” entre os menores, o que constitui “uma ameaça para eles e para os vigilantes escolares”.
“Não vamos tolerar que um menor tenha uma arma branca. Isso envolve os próprios menores, os pais e também os vendedores”, afirmou o presidente, que sinalizou que haverá “tolerância zero” e que será tomada “uma reação forte” diante dessa situação.
A vigilante assassinada no leste da França foi esfaqueada por um aluno de 14 anos enquanto ela revistava sua mochila na entrada de uma escola secundária.
Macron destacou que “a violência está cada vez mais presente nas sociedades” e isso afeta os menores, de idade justificando assim a restrição do acesso deles às redes sociais.
“Isso é possível porque todas essas plataformas têm a possibilidade de verificar a idade por meio do reconhecimento facial. Isso já foi feito com uma regulamentação europeia para sites pornográficos”, afirmou o presidente.
Ao mesmo tempo, Macron criticou alguns veículos de comunicação e a líder de direita Marine Le Pen por “manipular” certos fatos para criar revolta social.