O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, em publicação no X, neste domingo (8), afirmou que ordenou ao exército israelense para que a embarcação com a sueca Greta Thunberg e o restante da tripulação que integra o navio da Flotilha da Liberdade, a caminho de Gaza para entregar ajuda humanitária, seja impedido de chegar ao destino.
“Ordenei às Forças de Defesa de Israel (FDI) que atuem para impedir que a flotilha Madleen chegue a Gaza. À antissemita Greta e seus amigos, digo claramente: deem meia-volta, pois não chegarão a Gaza”, disse Katz em declarações compartilhadas por seu escritório.
De acordo com um comunicado dos organizadores, o navio, com 12 ativistas a bordo, incluindo Greta, chegou hoje à costa egípcia antes de continuar sua jornada rumo à Faixa de Gaza. A embarcação, que ostenta a bandeira britânica zarpou da Sicília há uma semana.
De acordo com o Ministério da Defesa israelense, Katz ordenou às FDI que tomem “todas as medidas necessárias” para impedir que o navio chegue à costa de Gaza.
“O Estado de Israel não permitirá que ninguém viole o bloqueio naval de Gaza, cujo objetivo principal é impedir a transferência de armas para o Hamas, uma organização terrorista assassina que mantém nossos reféns e comete crimes de guerra”, explicou o ministro.
A ativista alemã de direitos humanos Yasemin Akar, que também está a bordo do Madleen, falou hoje em comunicado sobre a possibilidade de ser atacada pelas forças israelenses: “Se Israel nos atacar, será mais um crime de guerra. Não teríamos embarcado nesta missão se não acreditássemos que chegaríamos a Gaza”.
A viagem ocorre após o Conscience, outro navio da Flotilha da Liberdade navegando sob a bandeira de Palau, ter sofrido dois ataques de drones em sua proa em 2 de maio, a 22 quilômetros a leste de Malta. O grupo culpou Israel pelo ataque, que nunca assumiu a responsabilidade.
A deputada do Parlamento Europeu, Rima Hassan, que também está a bordo do Madleen, pediu aos governos do mundo para garantir a passagem segura da Flotilha da Liberdade.
Hassan também afirmou que que mais de 200 parlamentares europeus assinaram uma carta aberta a Israel exigindo que o país permita a chegada do navio a Gaza e “facilite imediatamente a entrada de sua carga humanitária”.
