O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou luto oficial de três dias neste sábado (10) e prometeu “acabar” com os responsáveis pela morte de 11 militares em Alto Punino, na província de Orellana, na Amazônia equatoriana.
Segundo informações do jornal El Universo, o ataque teria ocorrido na sexta-feira (9) durante uma operação contra a mineração ilegal que o Exército equatoriano estava realizando na área. Na emboscada, teriam sido utilizados explosivos, granadas e rifles.
Onze militares foram mortos e um ficou ferido, e um dos responsáveis pelo ataque morreu no confronto. “Encontraremos os responsáveis e acabaremos com eles”, escreveu Noboa no X.
Num comunicado, o governo do Equador, além de anunciar os três dias de luto, informou que os 11 militares mortos foram designados heróis nacionais.
O Exército do Equador atribuiu o ataque aos Comandos da Fronteira, um grupo guerrilheiro dissidente das colombianas Farc, mas este negou envolvimento e sugeriu que grupos criminosos, como Los Choneros, Los Lobos e Los Tiguerones, podem estar por trás da matança.
Em abril, Noboa foi reeleito presidente e prometeu manter sua política de enfrentamento ao crime organizado.
No seu primeiro mandato, Noboa decretou estados de exceção e conseguiu aprovar numa consulta popular propostas para combate à criminalidade, como a participação das Forças Armadas em apoio à polícia na luta contra o crime organizado e o aumento das penas para crimes como terrorismo e seu financiamento, tráfico de pessoas, entre outros.
Também anunciou a construção de presídios de segurança máxima no “estilo Bukele” e deu “indulto” preventivo a policiais e militares mobilizados para debelar uma disputa de gangues na região de Guayaquil.
Em 2024, a taxa de homicídios no Equador foi de 38 por 100 mil habitantes, uma das mais altas do mundo, mas abaixo do índice de 47 de 2023.