Parlamentares do partido Novo protocolaram nesta quarta-feira (7) dois Requerimentos de Informação (RICs) direcionados ao governo federal para obter detalhes sobre processos judiciais envolvendo fraudes em empréstimos consignados a beneficiários do INSS. O objetivo é esclarecer o impacto e a condução das ações relacionadas a descontos indevidos em aposentadorias e pensões nos últimos dez anos.
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Os documentos foram enviados ao Advogado-Geral da União, Jorge Messias, e ao ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel. Entre os signatários estão a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e os deputados Luiz Lima (Novo-RJ), Gilson Marques (Novo-SC) e Marcel van Hattem (Novo-RS).
“Os descontos indevidos em empréstimos consignados representam mais um capítulo dos absurdos que vêm sendo revelados e que mancham ainda mais a imagem do governo e do INSS”, afirmou Adriana Ventura. “Queremos fiscalizar como caminharam os processos judiciais sobre esses descontos, que atingem principalmente aposentados e pensionistas.”
O primeiro requerimento (nº 1826/2025), endereçado à AGU, solicita informações detalhadas sobre as ações judiciais nas quais o INSS é parte, com foco em casos de descontos irregulares nos benefícios. Já o segundo (nº 1827/2025), encaminhado ao Ministério da Previdência, busca entender a extensão, a natureza e os desdobramentos desses processos.
Segundo os parlamentares, a iniciativa busca promover maior transparência e responsabilização na gestão dos benefícios previdenciários.
“É revoltante que contribuintes, especialmente os mais pobres e vulneráveis, sejam penalizados por esquemas fraudulentos sem qualquer consentimento. Precisamos de transparência e responsabilização imediata”, ressaltou Adriana Ventura.
As fraudes no INSS envolvendo empréstimos consignados têm sido motivo de preocupação crescente, com milhares de aposentados e pensionistas relatando descontos indevidos em seus benefícios, muitas vezes sem sequer terem contratado qualquer serviço. O problema ocorre em meio à recente troca no comando do Ministério da Previdência Social, com Wolney Queiroz Maciel assumindo a pasta após críticas à gestão anterior, marcada por dificuldades em coibir irregularidades e garantir maior proteção aos beneficiários.