O número de evangélicos no Brasil chegou a 26,9% da população em 2022, segundo o resultado do Censo divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (6). Em 1991, esse percentual era de 9,0%, o que indica que a proporção de evangélicos no país praticamente triplicou em 30 anos.
Em relação ao Censo anterior, realizado em 2010, o avanço foi de 5,2 pontos percentuais. Naquele ano os evangélicos somavam 21,6% da população com 10 anos ou mais.
Em números absolutos, são 47,4 milhões de pessoas que se declaram evangélicas. A tendência de crescimento já havia sido observada no Censo de 2010, quando os evangélicos representavam 21,6% da população.
Os católicos ainda representam a maior parte da população brasileira, com 56,7% (100,2 milhões de pessoas), mas seguem em queda. Em 2010, eram 65,1%, e em 2000, 74,1%.
As pessoas que se dizem sem religião continuam aumentando: subiram de 7,9% no Censo de 2010 para 9,3% no de 2022.
A religião espírita teve leve queda, de 2,2% para 1,8%, enquanto umbanda e candomblé somaram crescimento conjunto de 0,7 pontos percentuais, saltando de 0,3% para 1,0%.
Em termos regionais, o catolicismo permaneceu majoritário em todas as grandes regiões, com destaque para o Nordeste (63,9%) e o Sul (62,4%). Já os evangélicos se concentram mais no Norte (36,8%) e no Centro-Oeste (31,4%).
Os espíritas têm maior presença no Sudeste (2,7%), enquanto umbandistas e candomblecistas aparecem com mais força no Sul (1,6%) e no Sudeste (1,4%). A maior proporção de pessoas sem religião também está no Sudeste (10,5%).
Em termos etários, os católicos lideram em todas as faixas, variando de 52% entre os jovens de 10 a 14 anos a 72% entre os idosos com 80 anos ou mais.
Os dados do Censo 2022 indicam que os evangélicos têm, na média, um perfil etário mais jovem em comparação com os católicos. A presença de católicos é relativamente menor entre os mais jovens (52% no grupo de 10 a 14 anos) e maior entre os mais velhos (72% no grupo de 80 anos ou mais). Já entre os evangélicos ocorre o oposto: a maior proporção está entre os jovens de 10 a 14 anos (31,6%), e a menor, entre os que têm 80 anos ou mais (19%).