A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, admitiu incômodo com o fato de o consumidor final ainda não ter sido beneficiado com as reduções nos preços dos combustíveis executadas pela estatal. O reajuste mais recente feito pela Petrobras ocorreu no início deste mês, com o anúncio de uma redução de R$ 0,16 no preço do diesel.
“O preço rebaixado pela Petrobras que não chega ao consumidor final nos incomoda. Mas, nos incomoda ainda mais quando esse produto não chega ao consumidor que compra com o logo da Petrobras”, disse Chambriard em entrevista concedida à GloboNews, nesta quinta-feira (15).
Chambriard também negou pressão sobre o Ibama para autorização da perfuração de um poço na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. Na ocasião, ela foi questionada sobre o envio de uma carta ao Ibama, esta semana, informando sobre os preparativos para a perfuração.
VEJA TAMBÉM:
-
Petroleiros anunciam greve de dois dias em empresas da Petrobras
“Não é pressão, é uma resposta. No ano passado, nós nos comprometemos a entregar as últimas exigências do Ibama, e a última exigência foi mais um centro de despetrolização da fauna no Oiapoque. Como nós já entregamos tudo no início de abril e já estamos no fim de maio, toda semana a gente diz para o Ibama: ‘Olha, estamos prontos’”, afirmou Chambriard.
Chambriard usou lema de campanha de Trump para defender perfuração na Margem Equatorial
Chambriard recorreu ao lema de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para defender a exploração de petróleo na Margem Equatorial. O “let’s drill, baby”, ou “vamos perfurar, baby”, foi um dos mais usados pelo político para defender a produção interna do óleo.
O uso da expressão por Chambriard ocorreu durante um painel em uma conferência em Houston, nos Estados Unidos, no início do mês.
Petrobras lucra R$ 35,2 bi no 1º trimestre e anuncia R$ 11,7 bi em dividendos
Na última segunda-feira (12), a Petrobras anunciou lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, uma alta de 48,6% na comparação com o mesmo período de 2024, quando o resultado foi de R$ 23,7 bilhões. Com o resultado, a empresa pagará R$ 11,7 bilhões em dividendos aos acionistas.