O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que a legenda apoiará o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) em uma eventual candidatura à presidência da República em 2026, e que não faz parte da base de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mesmo tendo três ministérios no governo.
Kassab se envolveu em polêmicas com o governo Lula nos últimos meses, mas estava de olho na reforma ministerial que o presidente pretendia fazer para dar mais espaço a partidos aliados para tentar a reeleição no ano que vem.
“Caso o governador seja candidato, se coloque à disposição [para sair à Presidência], será mais do que natural apoiá-lo”, disse Kassab nesta sexta (9) durante o evento de filiação do governador gaúcho Eduardo Leite ao PSD após deixar o PSDB.
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Leite, por sinal, afirmou que também apoiaria Tarcísio em uma eventual disputa à presidência em 2026. O governador paulista, no entanto, vem reiterando que pretende disputar a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes.
Também conta a favor de Tarcísio o apoio do PSD pelo fato de Kassab já ser secretário de Governo, o que reforça a aliança em qualquer candidatura. E isso ocorre independente do partido fazer parte da base aliada de Lula, com três ministérios na Esplanada.
Kassab minimizou e afirmou que quem fez a negociação com Lula para integrar o governo foram os líderes do partido no Congresso.
“Quando o governo Lula me chamou para conversar, não tive nenhuma hesitação em conversar, eu disse ao presidente e falei em nome ao partido: ‘Presidente, o nosso líder Antônio Brito [na Câmara] e o líder Otto Alencar [no Senado] apoiaram o senhor, converse com eles. Terá a nossa compreensão. Não temos nenhum constrangimento em dizer que as bases eleitorais vão ajudá-lo”, pontuou.
Por outro lado, embora se coloque como apoiador de Tarcísio, o PSD já tem o governador paranaense Ratinho Jr. (PSD-PR) como possível candidato à presidência. E agora, com a chegada de Leite, que também já se colocou à disposição, a legenda terá dois potenciais postulantes.
“Já disputei prévias no passado. Eu não venho para cá com desejo de prévias, tenho absoluta convicção de que temos capacidade de entender o momento adequado para escolher um quadro. […] Se não for a Presidência, pode ser o Senado, sim. Tenho essa disposição de uma contribuição com candidatura ao Senado”, completou o governador gaúcho.
Com a chegada de Eduardo Leite, o PSD fica com quatro governadores e 891 prefeituras, além de 45 deputados federais e 14 senadores.