O ditador da Rússia, Vladimir Putin, propôs neste domingo (11, horário local) negociações diretas com a Ucrânia na próxima quinta-feira (15) em Istambul, na Turquia, três anos e quase três meses depois da invasão de Moscou ao país vizinho.
Segundo informações da agência Reuters, Putin disse em declarações a jornalistas em Moscou que os objetivos das conversas serão “eliminar as causas principais do conflito” e “alcançar a restauração de uma paz duradoura e de longo prazo”.
As únicas conversas diretas entre representantes da Rússia e da Ucrânia desde o início do conflito ocorreram em 2022, poucos dias após o início da guerra, em Belarus, na fronteira Belarus-Ucrânia e em Antália, na Turquia.
Desde a volta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à Casa Branca, em janeiro deste ano, Moscou e Kiev vêm negociando indiretamente.
“Não foi a Rússia que rompeu as negociações em 2022. Foi Kiev. No entanto, estamos propondo que Kiev retome as negociações diretas sem quaisquer pré-condições”, disse Putin.
“Oferecemos às autoridades de Kiev que retomem as negociações já na quinta-feira, em Istambul”, afirmou o ditador russo.
“Nossa proposta, como dizem, está sobre a mesa; a decisão agora cabe às autoridades ucranianas e seus apoiadores, que são guiados, ao que parece, por suas ambições políticas pessoais, e não pelos interesses dos seus povos”, acrescentou Putin, fazendo referência aos governos do Reino Unido, França, Alemanha e Polônia.
Neste sábado (10), eles exigiram um cessar-fogo incondicional de 30 dias na guerra a partir de segunda-feira (12), sob o risco de imporem novas sanções a Moscou. O ultimato foi apoiado por Trump.
Kiev ainda não se pronunciou sobre a proposta de Putin de retomar negociações diretas a partir de quinta-feira.