O conclave chegou ao fim e, com a eleição do novo pontífice, Leão XIV, veio novamente à tona uma curiosidade sobre o salário do papa, que exerce a função de Chefe de Estado do Vaticano após ser escolhido pelos cardeais.
Portanto, além de líder da Igreja Católica, é ele quem tem a soberania em questões governamentais do Vaticano.
Qual o valor do salário do papa?
Sabe-se que o papa Francisco não recebia salário fixo. Nesse sentido, todas as suas despesas eram pagas pela Santa Sé – sede central da Igreja Católica. Residência, deslocamentos, alimentação e necessidades básicas foram custeadas pela Igreja.
Já Bento XVI, após a renúncia em 2013, passou a receber uma “aposentadoria” de 2.500 euros (algo como R$ 6.700 na cotação da época).
Não ter salário fixo, no entanto, não foi uma exclusividade do papa Francisco. O próprio Vaticano deu fim às especulações sobre o assunto em 2001, quando rumores de que o papa João Paulo II recebia salário fixo começaram a circular.
Um porta-voz da Cidade do Vaticano explicou ao jornal The New York Times que “o papa não recebe, nem nunca recebeu salário”. O caso de Bento XVI foi uma exceção, diante de sua condição de ex-papa.
Onde o papa mora?
Os pontífices eleitos costumam morar no Palácio Apostólico, um complexo de construções ao lado da Basílica São Pedro. O papa Francisco, por sua vez, escolheu ficar na hospedaria vaticana da Casa Santa Marta, que dispõe de comodidades mais simples.
A decisão soou como surpresa por boa parte da Cúria, o Governo do Vaticano. Afinal, a morada central dispõe de mais conforto e prestígio.
A escolha, no entanto, foi totalmente ao encontro do pensamento de Francisco, que abdicou de muitos privilégios previstos para o cargo máximo da Igreja Católica.
Papa Francisco e o voto de pobreza
Quando escolhido para o papado, o papa Francisco seguiu vivendo de forma mais radical seu voto de pobreza. Ele não possuía bens, não recebia nenhum valor da Igreja – a não ser para necessidades cotidianas – e o que acumulava de fundos de caridade fazia doações, como aconteceu logo antes de sua morte, em que doou 200 mil euros para uma prisão de Roma.
Em sua conta bancária, após seu falecimento, foram encontrados aproximadamente 100 dólares, apenas.

Em entrevista ao documentário “Amém: Perguntando ao Papa”, ele disse: “Quando eu preciso de dinheiro para comprar sapatos ou outra coisa, eu peço. Eu não tenho um salário, mas isso não me preocupa porque eu sei que serei alimentado de graça”.