Lee Jae-myung, candidato do centro-esquerdista Partido Democrático da Coreia (DPK, na sigla em inglês), foi o vencedor da eleição presidencial antecipada realizada nesta terça-feira (3) na Coreia do Sul.
A eleição, que deveria ocorrer apenas em março de 2027, foi antecipada porque em abril o Tribunal Constitucional da Coreia do Sul confirmou o impeachment do então presidente Yoon Suk Yeol, do conservador Partido do Poder Popular (PPP), cujo afastamento havia sido determinado pelo Parlamento do país em dezembro.
Como se tratou de uma eleição antecipada, não haverá o tradicional período de transição de dois meses e Lee tomará posse já na quarta-feira (4) para um mandato de cinco anos.
Aos 60 anos, Lee Jae-myung foi o grande articulador do impeachment de Yoon e já governou a província de Gyeonggi, a mais populosa do país.
Ele tem uma trajetória marcada pela “superação” — trabalhou como operário na infância antes de se formar em direito e entrar para a política – e defende o diálogo com a Coreia do Norte e maior “justiça social”.
Ele responde a alguns processos judiciais (por violação da lei eleitoral, abuso de poder e suposto envio ilegal de dinheiro para a Coreia do Norte – ele nega todas as acusações), que agora ficarão suspensos devido à sua eleição para presidente.
Em discurso em Seul quando projeções já indicavam sua vitória, Lee disse que seu “primeiro dever” será “recuperar a democracia do país” e o segundo, melhorar a economia da Coreia do Sul.
“Amanhã, a partir do momento em que eu for confirmado como eleito, usarei todas as minhas forças para melhorar suas vidas dolorosas [da população sul-coreana], o mais rápido possível”, afirmou, segundo informações da BBC.