O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (30) que vai dobrar as tarifas sobre as importações de aço e alumínio, elevando-as para 50%.
“Vamos elevar de 25% para 50% as tarifas sobre o aço que vem para os Estados Unidos da América”, afirmou Trump num discurso em West Mifflin, na Pensilvânia, segundo informações da CNBC.
Pouco depois, ele acrescentou que a nova taxa entrará em vigor na próxima quarta-feira (4) e também abrangerá as importações de alumínio.
“Nossas indústrias de aço e alumínio estão se recuperando como nunca antes. Esta será mais uma grande notícia para os nossos maravilhosos trabalhadores do aço e do alumínio”, escreveu Trump na rede Truth Social.
Em março, Trump havia imposto tarifas de 25% sobre as importações americanas de aço e alumínio.
O anúncio de hoje do presidente republicano ocorreu num evento em que ele detalhou uma “parceria” entre a empresa americana U.S. Steel e a japonesa Nippon Steel, que, segundo ele informou na semana passada, criará pelo menos 70 mil empregos nos Estados Unidos e adicionará US$ 14 bilhões à maior economia do mundo.
Este anúncio veio depois que a tentativa da siderúrgica japonesa de comprar a americana foi bloqueada devido a alegações de segurança nacional.
Na quarta-feira (28), o Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos, localizado em Nova York, havia suspendido as tarifas sobre importações impostas por Trump com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (Ieepa, na sigla em inglês).
A decisão abrangia as tarifas do Dia da Libertação, anunciadas em 2 de abril, e as que haviam sido impostas antes contra China, México e Canadá sob a alegação de que estes países não estavam combatendo a entrada de fentanil nos Estados Unidos.
No entanto, a decisão não afetava as tarifas de 25% sobre importações de automóveis, peças automotivas, aço e alumínio (estas agora aumentadas), que foram baseadas na Lei de Expansão Comercial e não na Ieepa.
No dia seguinte, o Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para o Circuito Federal, em Washington, suspendeu a decisão judicial de Nova York e restabeleceu as tarifas baseadas na Ieepa.