O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encontrou nesta quarta-feira (14) o presidente interino da Síria, Ahmed al Sharaa, um dia depois de anunciar a suspensão de todas as sanções contra o novo governo de Damasco para dar-lhes “uma oportunidade de crescimentos”, segundo as palavras do próprio republicano.
A reunião aconteceu em Riad, capital da Arábia Saudita e durou cerca de 30 minutos. Esta foi a primeira vez que líderes dos dois países se encontram em 25 anos.
A derrubada das sanções e o encontro entre os líderes provavelmente marcará uma nova era para a Síria, em relação à percepção no cenário internacional, depois de décadas do regime de Bashar Al-assad, deposto em dezembro. O país busca a reconstrução, após uma década de guerra civil.
A Casa Branca detalhou que o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman estava presente na reunião, enquanto o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, participou por telefone e “parabenizou o presidente Trump por suspender as sanções à Síria”, algo que o líder saudita descreveu como “corajoso”.
Durante a reunião, Trump conversou com al Sharaa, incentivando-o, por exemplo, a aderir aos Acordos de Abraão para normalizar as relações com Israel, “remover todos os terroristas estrangeiros da Síria e deportar os terroristas palestinos”.
Trump também lhe pediu que ajudasse os Estados Unidos a impedir o ressurgimento do Estado Islâmico (EI) na Síria e que “assumisse a responsabilidade pelos centros de detenção do EI no norte da Síria”.
Segundo informou a Casa Branca, o líder sírio, por sua vez, reafirmou seu compromisso de respeitar os acordos de 1974 com Israel nas Colinas de Golã e convidou empresas americanas a investir nos setores de petróleo e gás da Síria.
Trump destacou que espera que Al Sharaa, que foi líder do braço sírio do terrorista Al Qaeda, mas moderou sua retórica ao longo dos anos e é apoiado por lideranças sunitas encabeçadas pela Arábia Saudita, tenha sucesso em estabilizar o país.